Descrição
Desfilam pelo tempo as armas que o senhor me deu
Pai, mas elas falham sempre
E eu não consigo alimentar a minha fúria
Sem ruminar a injustiça do seu toque
Agressor.
Eu quero entender o teu chamado, Pai
Mas você grita e caçoa e me humilha como um gigante
Cheio de rancor, tomado em seu espírito de ardis
E pelo medo de ferir o meu desejo
Eu nunca mais cheguei a ti
Nem fui tão próximo do abismo
Quanto o coração exige
Com rigor.
(…)
Marco Aurélio de Souza (Rio Negro/PR, 1989) é autor do livro de poemas Travessia (2017), além dos romances O Intruso (2013) e Conexões Perigosas (2014). Participa, entre outras, da antologia poética 29 de abril: o verso da violência (2015) e da seleção de contos 15 formas breves (2017), editada pela Biblioteca Pública do Paraná. Publica regularmente em portais e periódicos de literatura. Graduado em História e mestre em Linguagem pela UEPG, atualmente, é doutorando em Estudos Literários pela UFPR. Como professor, atua na rede pública do Estado do Paraná.
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