desdicionário

Daniela Belmiro

Um projeto literário-afetivo.
inv.en.tá.ri.o s.m.
pequeno compêndio das coisas inventadas.

sim adv.
potência, início; partícula criadora universal.

– vocábulos/poemas do livro

flanando pelo mundo

Cristiane Neder

Liberdade! É o que me vem à cabeça imediatamente quando penso nos contos da Cristiane. Seus contos, quase sempre autobiográficos (ou não?) apresentam narrativas em que a liberdade é o vetor. Seja batendo na porta de um puteiro, seja procurando um espião na internet, ela sempre faz a opção pelo pouco convencional. Todas as experiências são válidas nessas aventuras. A escrita também flui, quase como um depoimento. Uma narração. A autora não busca impressionar com floreios formais. Busca na autenticidade das histórias, por ela vividas, levar o leitor a sair de seu lugar de conforto. Sexo, amor, perversão, frustração, carinho, emoções transbordam a cada página.

– André Sturm

confissões da inquietude

Natália Marretti

Retratando a vida real, Confissões da Inquietude traz um pouco do que sentimos a tona. Amor, aceitação e solidão são alguns dos sentimentos que te convido a experimentar comigo nos textos.

– trecho  do  conto

conturbado

Marco Buzetto

Conturbado possui o mal inominável e primitivo como tema central que leva nossos corpos de volta para o que é abominável, para alimentar no mundo essa manifestação maléfica que se fortalece por conta das ações cada vez mais mesquinhas e inconsequentes do ser humano, um mal que se acumula, ganha consciência e se utiliza de nós como fonte de alimento e satisfação sádica. O mal aqui é o que é, tão somente uma representação física do acúmulo do tempo, de tudo o que criamos de ruim, que quer os gritos, o sangue, as vísceras, os olhos… os corpos de cada adulto ou criança que possa servir de entrada ou prato principal. Um mal abominável, inominável, que apenas coexiste de forma assustadora possível; e, por que não, também inocente. Afinal, o mal inominável é apenas mais um, e como todos nós, busca por comida, prazeres e satisfação.

– trecho

vasto trovarr

Clarissa Loyola Comin

Seu paletó caiu pelo ombro, dorso no encosto, quatro mãos ao carpet mofado catando poeira em uma franquia Pathé & inc. Plena noite de verão e jaboticabas fervem na lembrança de um lugar esquecido. É preciso esquecer. Volto à tela e torço pela menina de papel, presa na película; torço para que ela se torne menina de verdade.

– trecho  do  romance

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